sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Fome no mundo

Em 1974, durante a Conferência Mundial sobre Alimentação, as Nações Unidas estabeleceram que “todo homem, mulher, criança, tem o direito inalienável de ser livre da fome e da desnutrição...”. Portanto, a comunidade internacional deveria ter como maior objetivo a segurança alimentar, isto é, “o acesso, sempre, por parte de todos, a alimento suficiente para uma vida sadia e ativa”.

E isso quer dizer:

  • acesso ao alimento: é condição necessária, mas ainda não suficiente;
  • sempre: e não só em certos momentos;
  • por parte de todos: não bastam que os dados estatísticos sejam satisfatórios. É necessário que todos possam ter essa segurança de acesso aos alimentos;
  • alimento para uma vida sadia e ativa: é importante que o alimento seja suficiente tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo.

Os dados que possuímos dizem que estamos ainda muito longe dessa situação de segurança alimentar para todos os habitantes do planeta.

Quais são as causas?

A situação precisa ser enfrentada, pois uma pessoa faminta não é uma pessoa livre. Mas é preciso, em primeiro lugar, conhecer as causas que levam à fome. Muitos acham que as conhecem, mas não percebem que, quando falam delas, se limitam, muitas vezes, a repetir o que tantos já disseram e a apontar causas que não têm nada a ver com o verdadeiro problema. Por exemplo:

A fome é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes. Não é verdade! A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira.

A fome é devida ao fato de que somos “demais”. Também não é verdade! Há países muito populosos, como a China, onde todos os habitantes têm, todo dia, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países muito pouco habitados, como a Bolívia, onde os pobres de verdade padecem fome!

No mundo há poucas terras cultiváveis! Também não é verdade. Por enquanto, há terras suficientes que, infelizmente, são cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos países ricos!

As verdadeiras causas

As causas da fome no mundo são várias, não podem ser reduzidas a uma só. Entre elas indicamos:

As monoculturas: o produto nacional bruto (pib) de vários países depende, em muitos casos, de uma cultura só, como acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único produto de exportação era o café. Sem produções alternativas, a economia desses países depende muito do preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das condições climáticas para garantir uma boa colheita.

Diferentes condições de troca entre os vários países: alguns países, ex-colônias, estão precisando cada vez mais de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles não produzem e cujo preço é fixado pelos países que exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o único produto de exportação dos países pobres, são fixados, de novo, pelos países que importam.

Multinacionais: são organizações em condições de realizar operações de caráter global, fugindo assim ao controle dos Estados nacionais ou de organizações internacionais. Elas constituem uma rede de poder supranacional. Querem conquistar mercados, investindo capitais privados e deslocando a produção onde os custos de trabalho, energia e matéria-prima são mais baixos e os direitos dos trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comércio mundial e até 90% do comércio mundial dos bens de primeira necessidade.

Dívida externa: conforme a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a dívida está paralisando a possibilidade de países menos avançados de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à própria produção agrícola o necessário desenvolvimento. A dívida é contraída com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetário e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que se arrecada com as exportações são gastos somente para pagar os juros da dívida externa. A dívida, infelizmente, continua inalterada ou aumenta.

Conflitos armados: o dinheiro necessário para providenciar alimento, água, educação, saúde e habitação de maneira suficiente para todos, durante um ano, corresponde a quanto o mundo inteiro gasta em menos de um mês na compra de armas. Além disso, os conflitos armados presentes em muitos países em desenvolvimento causam graves perdas e destruições em seu sistema produtivo primário.

Aquecimento Global

Ondas de calor inéditas. Furacões avassaladores. Secas intermináveis onde antes havia água em abundância. Enchentes devastadoras. Extinção de milhares de espécies de animais e plantas. Incêndios florestais. Derretimento dos pólos. E toda a sorte de desastres naturais que fogem ao controle humano.
Há décadas, pesquisadores alertavam que o planeta sentiria no futuro o impacto do descuido do homem com o ambiente. Na virada do milênio, os avisos já não eram mais necessários – as catástrofes causadas pelo aquecimento global se tornaram realidades presentes em todos os continentes do mundo. O desafios passaram a ser dois: se adaptar à iminência de novos e mais dramáticos desastres naturais; e buscar soluções para amenizar o impacto do fenômeno.
Em tempos de aquecimento planetário, uma nova entidade internacional tomou as páginas de jornais e revistas de toda a Terra – o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), criado pela ONU para buscar consenso internacional sobre o assunto. Seus aguardados relatórios ganharam destaque por trazer as principais causas do problema, e apontar para possíveis caminhos que podem reverter alguns pontos do quadro.
Em 2007, o painel escreveu e divulgou três textos. No primeiro, de fevereiro, o IPCC responsabilizou a atividade humana pelo aquecimento global – algo que sempre se soube, mas nunca tinha sido confirmado por uma organização deste porte. Advertiu também que, mantido o crescimento atual dos níveis de poluição da atmosfera, a temperatura média do planeta subirá 4 graus até o fim do século. O relatório seguinte, apresentado em abril, tratou do potencial catastrófico do fenômeno e concluiu que ele poderá provocar extinções em massa, elevação dos oceanos e devastação em áreas costeiras.
A surpresa veio no terceiro documento da ONU, divulgado em maio. Em linhas gerais, ele diz o seguinte: se o homem causou o problema, pode também resolvê-lo. E por um preço relativamente modesto – pouco mais de 0,12% do produto interno bruto mundial por ano até 2030. Embora contestado por ambientalistas e ONGs verdes, o número merece atenção.
O 0,12% do PIB mundial seria gasto tanto pelos governos, para financiar o desenvolvimento de tecnologias limpas, como pelos consumidores, que precisariam mudar alguns de seus hábitos. O objetivo final? Reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que impede a dissipação do calor e esquenta a atmosfera.
O aquecimento global não será contido apenas com a publicação dos relatórios do IPCC. Nem com sua conclusão de que não sai tão caro reduzir as emissões de gases. Apesar de serem bons pontos de partida para balizar as ações, os documentos não têm o poder de obrigar uma ou outra nação a tomar providências. Para a obtenção de resultados significativos, o esforço de redução da poluição precisa ser global. O fracasso do Tratado de Kioto, ao qual os Estados Unidos, os maiores emissores de CO2 do mundo, não aderiram, ilustra os problemas colocados diante das tentativas de conter o aquecimento global.

sábado, 23 de agosto de 2008

Campanha pela preservação da água.

Crianças promovem campanha pela preservação da água
Escola do município de Vassouras, no Rio de Janeiro, estimula conscientização dos alunos, que passam as lições de sustentabilidade aos pais
Regina Mamede
Rio de Janeiro - O hábito de controlar o uso da água já está incorporado ao dia a dia das crianças do Centro Educacional Tia Conceição. Torneira pingando ou aberta além do necessário, por exemplo, não faz parte da rotina dos alunos. Esta escola de Vassouras, no Rio de Janeiro, ficou tão comprometida com a preservação e contra o desperdício da água, que o uniforme dos alunos traz agora o símbolo da campanha.“A maioria dos poços domésticos, que eram bem comum, estão secos. Os brejos foram drenados para construção de casas. Muita gente ainda lava calçadas ou carros, sem preocupação. Achamos que precisávamos ajudar a mudar isso”, explica a diretora da escola, Maria da Conceição de Oliveira.Com o tema 'A água pode virar lenda', as crianças mobilizam a cidade. Da distribuição de folhetos à bronca nos adultos. “Não posso nem lavar mais meu carro com mangueira, que o meu filho reclama”, comentou o pai de um aluno.A campanha começou em 2002 e a cada ano ganha mais adesões da população e de entidades públicas. Os cerca de quatrocentos alunos, matriculados do maternal ao ensino médio, levam a sério o papel de educar os adultos. Para a campanha deste ano, os alunos já estão preparando textos com os professores, que serão lidos pelas próprias crianças em programas da rádio local. Pela atuação, o Centro Educacional foi homenageado na edição 2006 do Prêmio Top Empresarial, na Categoria Prêmio Especial Uso Racional da Água. O prêmio, em reconhecimento às melhores iniciativas adotadas pelas micro e pequenas empresas.é promovido pelo Sebrae, Grupo Gerdau, Governo do Estado do Rio e Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “Nossa escola não é a primeira em tamanho ou beleza, mas temos como missão formar cidadãos conscientes”, diz a diretora.A escola é adepta de métodos inovadores e diferenciados. Para aproveitar a mobilização com a Copa do Mundo, os alunos aprenderam física trabalhando com conceitos como: ângulos, alcance, altura e sentido da bola para demonstrar o movimento dos corpos. O teatro é outro recurso pedagógico que tem dado certo nas aulas de história, onde os alunos vivenciam os personagens que estudam e a literatura de cordel é usada tanto para cálculos matemáticos como para o ensino da língua portuguesa. “Precisamos estimular os alunos porque estudar é muito chato”, brinca Conceição.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Como economizar água?

No banheiro:
Feche a torneira ao escovar os dentes e ao fazer a barba.
Não tome banhos demorados.
Mantenha a válvula de descarga do vaso sanitário sempre regulada e não use o vaso como lixeira ou cinzeiro.
Conserte os vazamentos o quanto antes.


Na cozinha:Antes de lavar pratos e panelas, remova bem os restos de comida e jogue-os no lixo.
Mantenha a torneira fechada ao ensaboar as louças .
Deixe de molho as louças com sujeira mais pesada.
Só ligue a máquina da lavar louça quando estiver cheia.


Na lavanderia:
Não fique lavando aos poucos, deixe a roupa acumular e lave tudo de uma vez .
Mantenha a torneira fechada ao ensaboar e esfregar as roupas.
Deixe as roupas de molho para remover a sujeira mais pesada e utilize esta água para lavar o

quintal.
Só ligue a máquina de lavar roupa quando estiver cheia.


No jardim, no quintal e na calçada:
Evite lavar o carro durante a estiagem, se necessário use um balde e pano, nunca a mangueira.
Não use a mangueira para limpar a calçada, use uma vassoura.
Prefira o uso de regador ao da mangueira para regar as plantas.


Nas torneiras:
Não deixe a torneira pingando, sempre que necessário troque o "courinho". A perda por vazamento em torneiras é muito grande!

sábado, 16 de agosto de 2008

Enchentes
Na época das chuvas, os rios enchem e alagam as terras em redor, chamadas áreas naturais de inundação. Isso é bom, porque a água deixa a terra mais fértil para o plantio.
Quando o homem começou a tirar a vegetação e construir casas nas margens dos rios, as enchentes viraram um problemão. Sem as raízes das árvores, que funcionam como esponjas que seguram a água no solo, o volume de água que volta para os rios aumenta muito, e o risco de acontecer uma enchente "desastrosa" aumenta junto.
As coisas pioraram nas cidades, porque os prédios, casas e o asfalto que recobre as ruas tapam o caminho da água até a terra, a chamada "impermeabilização do solo".
O
lixo jogado nas ruas também contribui para os alagamentos, porque entope os bueiros e faz os córregos transbordarem.
Quando isso acontece, as pessoas correm maior risco de pegar doenças, já que as águas sobem e carregam esses detritos para ruas e casas, junto com urina de ratos (que provoca uma doença grave chamada leptospirose). Nessas águas estão também os
esgotos não canalizados, que em muitas cidades do Brasil são despejados a céu aberto nos córregos, sem nenhum tratamento.

- Alagamentos ( inundação )
Uma inundação pode ser o resultado de uma grande tempestade que deixa cair uma
chuva que não foi suficientemente absorvida pelo solo e outras formas de escoamento, causando transbordamentos. Neste caso chama-se, em hidrologia, de cheia ou enchente.
Há vários tipos de inundação: a inundação fluvial, quando há uma grande precipitação, causando esta o transbordamento de rios e lagos, a inundação de origem marítima, que é causada por grandes ondas, que invadem os
polderes e as inundações artificiais, causadas por falhas humanas na operação de diques, comportas, etc.
Praticamente acontece das mesmas formas das enchentes, mas só muda o nome.

-Seca
O fenômeno das secas no Brasil se dá por causas naturais, uma região que apresenta alta variabilidade climática, ocorrendo quando a chamada
zona de convergência intertropical (ZCIT) não consegue se deslocar até a região Nordeste no período outono-inverno no Hemisfério Sul, sobretudo nos períodos de El Niño. A ITCZ apresenta um movimento meridional sazonal, com uma posição média anual junto à latitude 5 graus Norte. Além disso, o aumento do desmatamento, em especial a destruição da Zona da Mata nordestina tem contribuído para a elevação da temperatura regional.

Exemplos de grandes acidentes com vazamento de óleo nos oceanos e mares :

- Vazamento de 100 litros de óleo de um navio da Petrobras que ocorreu na manhã de uma quinta-feira na costa do Ceará.Segundo a empresa, o petróleo bruto vazou às 10h do navio-cisterna Mariprima, durante uma operação de troca de equipamento;
- Ocorreu em janeiro de 2000 um vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo na Baía de Guanabara, causando grandes danos aos manguezais, praias e à população de pescadores;
- em março de 2006, diante de uma mortandade de peixes e óleo invadindo a praia de Ramos, os moradores da região acusando o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim por lavar os aviões e deixar óleo escoar para as águas da baía.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

SANEAMENTO BÁSICO E QUALIDADE DE VIDA

A expressão Saneamento Básico é reconhecida no Brasil, no estágio atual, como parte do saneamento do meio que trata de problemas de abastecimento de água, coleta e disposição dos esgotos sanitários, incluindo os resíduos líquidos industriais, controle da poluição provocada por esses esgotos, drenagem urbana (águas pluviais) e acondicionamento, coleta, transporte e destino dos resíduos sólidos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saneamento como o controle de fatores que atuam sobre o meio ambiente e que exercem, ou podem exercer, efeitos prejudiciais ao bem-estar físico, mental ou social do Homem. Portanto, o objetivo final do saneamento é a promoção da saúde, um direito fundamental de todos os seres humanos.
Ter serviço de saneamento é um direito assegurado pela Constituição Federal; porém, o último censo do IBGE revela que cerca de ¼ das residências do país não conta com serviço de água potável e quase metade não tem serviço de esgoto . A ausência deste saneamento básico é a causa de 80% das doenças e de 65% das internações hospitalares no Brasil, cujos gastos anuais com doentes por estas causas são da ordem de US$ 2,5 bilhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Segundo dados do Sistema Único de Saúde, a cada R$ 1,00 investido em saneamento, as cidades economizam R$ 5,00 em medicina curativa da rede de hospitais e ambulatórios públicos.
A pobreza, combinada com baixos índices de saneamento básico, é responsável pela morte de uma criança a cada dez segundos. (PNSB-IBGE) .

Dados da pesquisa nacional de saneamento básico do IBGE de 2001.

Municípios sem abastecimento de água
Cidades sem coleta de lixo
Municípios sem rede de esgoto
Em 1989
195
124
2332
Em 2001
116
33
2658
Domicílios por condição de saneamento e luz elétrica (%) - 1999
Brasil e grandes regiões
Água canalizada e rede de distribuição
Esgoto e fossa séptica
Lixo coletado
Luz elétrica
Brasil: 76,1 52,8 79,9 94,8
Norte: 61,1 14,8 81,4 97,8
Nordeste: 58,7 22,6 59,7 85,8
Sudeste: 87,5 79,6 90,1 98,6
Sul :79,5 44,6 83,3 98,0
Centro-Oeste :70,4 34,7 82,1 95,0
Segundo o IBGE: (fonte Revista Veja e Revista Isto é - 3 de abril 2002, n° 1696).
As diferenças regionais são muito grandes no Brasil. Na região Sudeste o número de casas atendidas pelo fornecimento de água chega a 70,5%, enquanto a região Norte possui um índice de apenas 44,3%. A coleta de esgotos também sofre variações regionais: na região Sudeste, 53,0% das casas são atendidas pelas redes de esgoto, já no Norte do país, apenas 2,4% possuem o mesmo serviço.
No Brasil, apenas 52% dos municípios e 33% dos domicílios têm serviço de coleta de esgoto.
Na região Norte, 2% dos domicílios têm rede de esgoto.
68,5% dos resíduos das grandes cidades são jogados em lixões e alagados.
24 mil pessoas trabalham como catadores nos lixões brasileiros. Destes, 22% são crianças com menos de 14 anos.
Apenas 451 municípios dos 5.507 existentes no Brasil fazem coleta seletiva.
Mais de um bilhão de pessoas no mundo estão sem água potável para seu consumo.
Cerca de 3 milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças causadas pela água sem tratamento e de doenças pulmonares causadas pela poluição do ar. Fonte: ONU.

FORMAS DE UTILIZAÇÃO DA ÁGUA

A utilização da água pelo homem depende da captação, tratamento e distribuição e também, quando necessário, da depuração da água utilizada.
As formas de utilização da água são:
a) Doméstico:
como bebida;
fins culinários;
higiene pessoal;
lavagens diversas na habitação;
lavagem de carros;
irrigação de jardins epequenas hortas particulares;
criação de animais domésticos, etc.
b) Público:
escolas, hospitais e demais prédios ou estabelecimentos;
irrigação de parques e jardins públicos;
lavagem de ruas e demais logradouros públicos;
fontes ornamentais e chafarizes;
combate a incêndios;
navegação.
c) Industrial:
indústria onde a água é utilizada como matéria prima (indústrias alimentícias e farmacêuticas, gelo, etc);
indústrias onde a água é utilizada para refrigeração (por exemplo, metalúrgica);
indústria onde a água é usada para lavagem (matadouros, papel, tecido, etc);
indústrias onde a água é usada para fabricação de vapor (caldeiraria), etc.
d) Comercial:
escritórios, armazéns, oficinas, etc;
restaurantes, lanchonetes, bares, sorveterias;
aqüicultura.
e) Recreacional:
piscinas;
higiene pessoal;
lagos, rios, etc.
f) Agrícola e pecuário:
irrigação;
lavagem de instalações maquinário e utensílios;
bebidas de animais, etc.
g) Energia elétrica:
uso em derivação das águas do seu curso natural, gerando energia.
h) Transferência de bacias:
sistema de inter-relações de uso e descarte da água entre municípios.
Observe no gráfico, que a Região Norte tem maior concentração de água, porém sua população é de menor densidade, ao contrário da Região Sudeste e Sul, onde concentra a maior parte da população brasileira
e existe carência de água.

De onde vêm a nossa água?

Para entender de onde vem a água é preciso relembrar os estados em que ela se encontra.
Existe água no estado gasoso
na atmosfera, proveniente da evaporação de todas as superfícies úmidas - mares, rios e lagos; em estado líquido, nos grandes depósitos, o planeta, oceanos e mares (água salgada), rios e lagos (água doce) e no subsolo, constituindo os chamados lençóis freáticos; e em estado sólido, nas regiões frias do planeta.
Da atmosfera, a água se precipita em estado líquido, como chuva, orvalho ou nevoeiro, ou em estado sólido, como neve ou granizo.
Todas estas formas de água são intercambiáveis e representam o CICLO HIDROLÓGICO.
Desde a sua criação, o homem tem tido a sua disposição um sistema natural de purificação de água chamado ciclo hidrológico.
O ciclo hidrológico nada mais é do que um gigantesco sistema natural de purificação da água, que a recicla e purifica constantemente; um processo pelo qual a água que está na atmosfera na forma de vapor condensa e volta à terra na forma de precipitação. Uma vez na terra, a água novamente evapora e assim sucessivamente.
Contudo, por volta de 30% da água precipitada não volta a evaporar, ficando estocada na terra de duas maneiras:
Uma parte se infiltra na terra e é estocada em bolsas chamadas de Aqüíferos.
Outra parte é estocada em lagos, riachos, rios, oceanos e mares, como água de superfície.
Até 25% da água que cai é retirada para formação de matéria orgânica de que se constituem os seres vivos. O restante atinge os mares, caindo diretamente neles ou a eles chegando através de cursos de água.
*Devemos lembrar que, no caso das cidades, o ciclo natural da água é modificado pela impermeabilidade do solo, a falta de áreas verdes e o excesso de construções
.

A distribuição da água segundo as regiões brasileiras




No Brasil, mais de 14 milhões de pessoas não têm acesso a redes de distribuiçãode água e a contaminação dos mananciais é crescente. O acesso à água em de boa qualidade e em quantidade adequada é uma prioridade, em especial em áreas urbanas, e está diretamente ligada à saúde da população. É importante frisar que diversas doenças têm sua origem na água contaminada e respondem por mais da metade das internações hospitalares na rede pública de saúde.
Segundo o Atlas de Saneamento do IBGE, apenas 2% dos municípios brasileiros (que equivalem a 116 municípios) não contavam, em 2000, com qualquer serviço de abastecimento de água por rede geral. A maior parte dos municípios sem qualquer tipo de rede de distribuição de água está situada nas Regiões Norte e Nordeste. Apesar de ter havido uma redução, nestas regiões, do número de municípios sem abastecimento, houve, na última década, um aumento de seu peso proporcional: passaram de 50% para 56% no Nordeste e de 21,7% para 23,3% na Região Norte, indicando que o investimento aí realizado na expansão da rede geral de abastecimento de água não ocorreu na mesma proporção que nas demais regiões.
Esses dados dizem respeito à existência ou não de rede, independentemente da cobertura, eficiência e número de ligações domiciliares à ela. Esse quadro teve como base os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (
PNSB), divulgada em 2002, combinado com informações do Censo 2000 e de instituições do governo e universidades.
Para avaliar a situação do abastecimento no País é necessário considerar outros aspectos, como a população efetivamente atendida, a quantidade de água tratada e distribuída, os tipos de tratamento utilizados, as redes existentes e sua manutenção, a incidência de racionamento de água e as perdas de água.
Em 2000, segundo os dados do Censo, 10% dos domicílios brasileiros em áreas urbanas (que equivalem a 3,9 milhões de famílias ou 14,4 milhões de pessoas) não eram servidos por rede de abastecimento de água. A maioria destes domicílios, no entanto, conta com água encanada originária de outras fontes, tais como nascentes e poços. E grande parte dessa população mora em áreas periurbanas – que são as vizinhanças imediatas das cidades - e ainda contam com fontes com razoável qualidade, mas que apresentam tendências de degradação em função da expansão urbana sobre essas áreas, sem os devidos cuidados com os serviços de saneamento, como redes de esgoto.
Em áreas rurais, a situação é bastante diferenciada, sendo que 43% dos domicílios rurais não dispõem de nenhum tipo de água encanada e apenas 18% dos domicílios rurais estão ligados à rede de abastecimento.
O volume diário de água distribuída por rede geral, em 2000, foi de 260 litros por habitante. Este volume, no entanto, varia de acordo com a região do País, sendo que no Sudeste chegou a 360 litros pessoa/dia, enquanto no Nordeste ficou em 170 litros pessoa/dia.
A maior parte desta água é distribuída para a população após algum tratamento. A análise das proporções entre volume de água distribuída com e sem tratamento é semelhante na maioria das regiões brasileiras, com exceção da região Norte, onde mais de 30% da água distribuída não recebe nenhum tratamento.
Comparando os dados de 1989 com os de 2000, é possível verificar que o volume de água distribuída para a população aumentou, passando de 200 litros para 260 litros habitante/dia. O número de estações de tratamento de água também aumentou, porém não em quantidade suficiente para atender a toda população.
Este dado pode ser verificado pelo aumento de água distribuída sem tratamento, que passou de 3,9%, em 1989, para 7,2% em 2000. Esse aumento aconteceu em todas as regiões do País, com exceção da Centro-Oeste, e foi mais acentuado na região Norte.A ampliação do acesso à água devidamente tratada deve ser encarada como prioridade e ser acompanhada de programas de redução de perdas nas redes.
Estima-se que o desperdício de água nos sistemas públicos de abastecimento seja de 45% do volume ofertadoNo Brasil, mais de 14 milhões de pessoas não têm acesso a redes de distribuiçãode água e a contaminação dos mananciais é crescente. O acesso à água em de boa qualidade e em quantidade adequada é uma prioridade, em especial em áreas urbanas, e está diretamente ligada à saúde da população. É importante frisar que diversas doenças têm sua origem na água contaminada e respondem por mais da metade das internações hospitalares na rede pública de saúde.
Segundo o Atlas de Saneamento do IBGE, apenas 2% dos municípios brasileiros (que equivalem a 116 municípios) não contavam, em 2000, com qualquer serviço de abastecimento de água por rede geral. A maior parte dos municípios sem qualquer tipo de rede de distribuição de água está situada nas Regiões Norte e Nordeste. Apesar de ter havido uma redução, nestas regiões, do número de municípios sem abastecimento, houve, na última década, um aumento de seu peso proporcional: passaram de 50% para 56% no Nordeste e de 21,7% para 23,3% na Região Norte, indicando que o investimento aí realizado na expansão da rede geral de abastecimento de água não ocorreu na mesma proporção que nas demais regiões.
Esses dados dizem respeito à existência ou não de rede, independentemente da cobertura, eficiência e número de ligações domiciliares à ela. Esse quadro teve como base os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (
PNSB), divulgada em 2002, combinado com informações do Censo 2000 e de instituições do governo e universidades.
Para avaliar a situação do abastecimento no País é necessário considerar outros aspectos, como a população efetivamente atendida, a quantidade de água tratada e distribuída, os tipos de tratamento utilizados, as redes existentes e sua manutenção, a incidência de racionamento de água e as perdas de água.
Em 2000, segundo os dados do Censo, 10% dos domicílios brasileiros em áreas urbanas (que equivalem a 3,9 milhões de famílias ou 14,4 milhões de pessoas) não eram servidos por rede de abastecimento de água. A maioria destes domicílios, no entanto, conta com água encanada originária de outras fontes, tais como nascentes e poços. E grande parte dessa população mora em áreas periurbanas – que são as vizinhanças imediatas das cidades - e ainda contam com fontes com razoável qualidade, mas que apresentam tendências de degradação em função da expansão urbana sobre essas áreas, sem os devidos cuidados com os serviços de saneamento, como redes de esgoto.
Em áreas rurais, a situação é bastante diferenciada, sendo que 43% dos domicílios rurais não dispõem de nenhum tipo de água encanada e apenas 18% dos domicílios rurais estão ligados à rede de abastecimento.
O volume diário de água distribuída por rede geral, em 2000, foi de 260 litros por habitante. Este volume, no entanto, varia de acordo com a região do País, sendo que no Sudeste chegou a 360 litros pessoa/dia, enquanto no Nordeste ficou em 170 litros pessoa/dia.
A maior parte desta água é distribuída para a população após algum tratamento. A análise das proporções entre volume de água distribuída com e sem tratamento é semelhante na maioria das regiões brasileiras, com exceção da região Norte, onde mais de 30% da água distribuída não recebe nenhum tratamento.
Comparando os dados de 1989 com os de 2000, é possível verificar que o volume de água distribuída para a população aumentou, passando de 200 litros para 260 litros habitante/dia. O número de estações de tratamento de água também aumentou, porém não em quantidade suficiente para atender a toda população.
Este dado pode ser verificado pelo aumento de água distribuída sem tratamento, que passou de 3,9%, em 1989, para 7,2% em 2000. Esse aumento aconteceu em todas as regiões do País, com exceção da Centro-Oeste, e foi mais acentuado na região Norte.A ampliação do acesso à água devidamente tratada deve ser encarada como prioridade e ser acompanhada de programas de redução de perdas nas redes.
Estima-se que o desperdício de água nos sistemas públicos de abastecimento seja de 45% do volume ofertado.


Para a redução dessas perdas são necessários programas que envolvam fiscalização de ligações clandestinas, substituição de redes velhas, manutenção de hidrômetros, pesquisas de vazamento, entre outros procedimentos. Além das medidas estruturais para minimizar as perdas nas redes, é necessário a fiscalização de usos e da ocupação nas áreas de mananciais, de forma a evitar a degradação das fontes de água, juntamente com campanhas de esclarecimento da população sobre o adequado uso deste importante recursos naturais.